Por: Rômulo de Araújo
O terceiro jogo principal da serie Brothers in Arms aparece em grande estilo pois tudo foi melhorado. O sistema de se abrigar em barricadas e paredes esta simplesmente viciante e funcional. Vale lembrar que o game traz uma proposta diferente dos shooters de primeira pessoa, com fortes pitadas de estrategia. Aqueles jogadores mais apressadinhos logo podem parar de ler este texto por achar que isso o faz mais um da serie Jogos Sonolentos. Mas não se engane. Simplesmente o jogo não trata-se de invadir um local e atirar usando toda brutalidade possível e favorecendo contudo o seu lado, fazendo-o parecer mais com um mutante do que um soldado. Encare como uma experiencia mega real: Chegar, escolher seu ponto onde irá fazer de escudo e tentar mirar bem o mais rápido possível sob perigo de ser vítima da mesma situação. Cada encontro com grupos de Krauts é como um problema de matemática a se resolver. Você no game quase sempre está comandando uma ou 2 equipes de soldados. Com isto bola excelentes estratégias como manter o inimigo ocupado com o fogo de sua equipe que atira quase sempre deliberadamente, enquanto isso você dá a volta pelo cenário escondido afim de pegar o mesmo inimigo de surpresa, ali, tentando repelir suas equipes e totalmente frágeis ao seu fulminante ataque. É como localizar uma excelente jogada com a rainha no xadrez. O jogo também traz outro diferencial que você em toda a série não é tratado como uma pecinha num tabuleiro e sim um homem com traumas pelas coisas que se passam na frente de sua retina naqueles tempos de 44 e com seus amigos sofrendo do mesmo drama. A coisa chega a tal ponto de você ver seus amigos mortos no cenário, como uma culpa martelando em sua cabeça. O jogo não economiza cenas tristes mescladas com violência. Civis horrorizados por estarem subitamente sem suas pernas enquanto agoniza até a morte, granadas que não s[só jogam os inimigos pelos ares, mas também se pegos de jeito podem desmembrar até partes mais grossas do corpo como o tronco. A guerra é unicamente mostrada do jeito que é aqui: Mórbida.
Meu legado está ao fim, joguei todos os jogos da série mas não tive tempo e paciência de terminar o segundo. Mais um daqueles jogos da série “Mais uma vez o inicio por ter perdido seu save”. Devorei este terceiro e na terceira vez que pus as mãos nele estou o detonando, no momento em sua belíssima ultima fase. O jogo soa como poesia pois é ambientado sempre em lugares uma vez calmos. São roças européias como na Holanda, seus girassóis e moinhos. Enfim, este é um clássico já considerado por mim, onde tudo parece um lindo violento sonho. Sua fotografia é invejável à qualquer jogo de qualquer gênero. Posso pesquisar e terei certeza que a maioria das pessoas envolvidas no jogo trabalham com filmes dos melhores. O ponto que pode enfraquecer um pouco é a quase necessidade de se ter jogado os anteriores para melhor entendimento do roteiro, caso contrário vai ser quase difícil se comover com certas cenas. Falando nisso mais um ponto para o jogo é de não tratar a peleja como um “comofas” para se dominar o mundo, ou pelo menos se intitular o dono dele como os EUA faz: o jogo é sobre o drama pessoa dos envolvidos na ação e não sobre suas nações. Call of Duty e Medalha de Honra estão no hall da vergonha quando este é o assunto. E tenho dito.
Brothers in Arms Hell´s Highway detonado, um gostão de quero muito mais.
Terminei este game e pouco preciso mais falar sobre ele. O que tenho a dizer é que seu final acompanha toda sua importância e não igualmente desaponta, ao contrário de muitos outros de hoje em dia, como o final precoce de Call of Duty 4. Está certo, não jogamos o jogo hoje em dia como fazíamos nas antigas épocas onde o principal era ver sua ultima tela, mas o minimo de satisfação deve ser dada. Acho até que é uma estratégia para não deixar o jogo com cara de “estuprado” demais após seu termino, pois oras, ainda há seus bónus ou jogatina online.
Neste final que não posso contar, é a primeira vez que vejo um modelo em 3d ficar com os olhos brilhantes e vermelhos chorando. Tudo da forma mais convincente nunca visto em games antes.
Ouvi dizer que alguns sites meteram pau no jogo e eu respondo: enfiem seus dedos em seus respectivos cus quem não entende de jogos bem trabalhados de verdade . Todos têm o direito de não gostar, mas botar defeitos vastos neste é coisa de moleque doente viciadinho em Call of Duty 4.
Qua Abr 21, 2010 7:30 am